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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 22 Ago 11
Fogo gentilmente cedida pelo Autor
Coitado quem dixâ sê terra,
Sêl dixã nél sê coraçom;
Êl embarca pa terra longe
Sim sabê si al birâ, ó nam!
Coitado quem p`es mar de Cristo
Cubiça têm chumá-l, lebá,
Pôs canto bês tem conticedo
Mute que bai ca boltâ má!
Coitado quem nim ta drumi
Sê coraçam ta descançâ:
Pa punde êl bai voz de sodade
Na obido ´sta-l`sá ta chorá!
Coitado quem na terra estranho,
Sim má, sim pá, sim jaraçôm,
Si êl dijijâ bem pa sê terra
Ca achâ ninguêm pa dá`l de môm!
– Pedro Cardoso, in Folclore caboverdiano, 1933
Caricatura publicada na capa da revista "Ponto & Vírgula, N.º 4, Agosto/Setembro de 1983
Pedro Monteiro Cardoso
(Fogo, 24 de Outubro de 1883 – 29 de Outubro de 1942)
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Olá Brito Semedo. Também apresento m/condolências ...
Bom dia,Apraz-me realçar que li, atentamente, o te...
Boa-noite. Que eu saiba, as crónicas do Nhô Djunga...
Sim mâe , sim pai, sim jaraçom<br />Si el disija ' bêm se terra
Ca atcha' ninguém pa d'al um mom!
(Pedro Cardoso - Folclore Caboverdiano)
A publicação no exterior das obras mais representativas dos escritores caboverdianos, sobre os problemas mais candentes da nossa Terra, pelas Associações de Trabalhadores Caboverdianos, não veem de hoje. O poeta, antropologo e polemista caboverdiano, Pedro Cardoso, com que orgulhosamente começamos as Edições Caboverdianas da associaçao dos trabalhadores Caboverdianos, Solidariedade Caboverdiana em França, apoiou uma iniciatvia do género dos emigrantes caboverdianos nos Estados Unidos, oferecendo mesmo para isso o produto da venda do seu livro de poemas, Amor e Saudade.
Varias razões determinaram esta iniciativa da Solidariedade Caboverdiana. A primeira, reside no facto de que a edição em Cabo Verde e nas colonias de emigraçao caboverdiana não correspondeu às esperanças depositadas no Estado Independente, a segunda, porque não nos parece normal deixar na mão de não caboverdianos a tarefa de editar os autores que pertencem ao patrimonio nacional. Esta constatação fez com que a Solidariedade Caboverdiana preocupada com a formação da nossa juventude emigrante, principalmente daqueles que nasc eram no exterior, que sofrem diàriamente da violência das médias, se lançasse num projecto de edição dos classicos caboverdianos, deixando abertas também as suas portas aos jovens escritores caboverdianos..."
( Luiz Silva, prefacio ao Folclore Caboverdiano de Pedro Monteiro Cardoso,Ediçao da Associação Solidariedade Caboverdiana,Paris,1983).