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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 1 Set 11
Propriedade de Abílio Monteiro de Macedo (Fogo, 1886 – 1965) o jornal A Voz de Cabo Verde começou a ser publicado na Praia em Março de 1911 e terminou, com o nº 369, em Maio de 1919.
Defensor dos ideais republicanos, sempre se caracterizou pela defesa intransigente dos interesses de Cabo Verde e pelo tom extremamente crítico, no que, à administração pública, dizia respeito.
Apesar das muitas dificuldades que teve de ultrapassar, como a censura durante a 1ª Grande Guerra, a ditadura de Sidónio Pais e a existência de cisões internas, uma das quais que levou à saída de Eugénio Tavares em Fevereiro de 1916, o jornal tornou-se uma referência no jornalismo cabo-verdiano pelas grandes batalhas que travou como a luta pela igualdade de direitos entre caboverdianos e metropolitanos, a luta contra a emigração para S. Tomé e Príncipe, a luta pelos valores republicanos e acima de tudo a luta pela dignidade e progresso das ilhas de Cabo Verde.
Ao longo dos anos reuniu um conjunto notável de colaboradores, mas sem dúvida que Eugénio Tavares – redactor do jornal durante os primeiros anos, embora o seu nome não figurasse no cabeçalho e muitos dos seus artigos e poemas fossem assinados com pseudónimos – foi responsável pelo tom fortemente crítico e interventivo que caracterizou o jornal. Segundo Nobre de Oliveira, o A Voz de Cabo Verde pôde contar com "o trio mais temível do jornalismo caboverdiano": Eugénio Tavares, José Lopes e Pedro Cardoso (responsável pela secção A Manduco).
Desde o primeiro número, A Voz teve sempre um espaço dedicado à literatura e não fosse essa atenção atribuída aos escritores cabo-verdianos, muitas das obras publicadas no séc. XIX, ter-se-iam perdido para sempre e outras talvez nunca viessem a público. Logo no 1º número do jornal, dá-se início à publicação do folhetim de António de Arteaga (António de Arteaga Souto Maior) Amores de uma Crioula. De Guilherme Dantas, falecido em 1888, o jornal publica os folhetins Os Intrujões. Estudo crítico por Venceslau Policarpo Banana e Sonho – Memórias dum Doido e ainda a extraordinária reportagem ficcionada Bosquejos dum passeio ao interior da ilha de S. Tiago. De José Evaristo de Almeida (embora o folhetim fosse apresentado como sendo de autor desconhecido) publica O Escravo.
Há ainda a destacar a colaboração de vários poetas, sendo de realçar os nomes de José Lopes e Pedro Cardoso.
Abílio Monteiro de Macedo, Fogo, 03.04.1886 – ...10.1965
– Informações recolhidas na obra de João Nobre de Oliveira, A Imprensa Cabo-Verdiana. 1820-1975. Macau, Fundação Macau e D.S.E.J., 1998
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Um belíssimo texto este da senhora Sónia Jardim. T...
Interessante que isto me lembra um estória de quel...
Muito obrigado, m descobri hoje e m aprende txeu!!...
"Abílio Macedo foi um Homem Grande de C.Verde.Merece maior divulgação. A obra de Osvaldo L. da Silva "Nos Tempos da Minha Infância" faz inúmeras referências ao homem frontal e destemido que não hesitava quando se tratava de defender os interesses da terra."