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Brito-Semedo, 6 Set 11
Adolfo Silva, S. Vicente, 1915-1983
Adolfo Silva (Eddy Moreno) fazia parte de grupo de músicos caboverdianos que em 1945 foi convidado a actuar em Portugal. Eram quatro os músicos: B.Léza, Hilário, Adolfo e Tchuff. Deste grupo somente Adolfo Silva se fixa em Lisboa, como artista de variedades afro-brasileiras.
Como artista, Adolfo Silva canta em Espanha e na Itália. Somente em 1957 regressa a Cabo Verde com o duo Eddy Moreno & Black Daisy que conheceu um grande sucesso. De Cabo Verde passou a Guiné e depois a Dakar e Libéria, acabando por se fixar durante anos em Costa Marfim. Somente em 1975 ganhou a França, onde gravou o seu primeiro e único disco.
Nos fins dos anos quarenta convida a irmã Djuta a partir para Portugal a fim de constituir o duo Irmãos Silva que se distinguiu em vários espectáculos, inclusive na Emissora Nacional Portuguesa, onde gravaram algumas mornas a distinguir-se o "Odjim Magoado" (musica de Toko, texto de Hilário).
Com o seu casamento com o célebre futebolista caboverdiano, Henrique Ben-David ou melhor, Dutche do Mindelense, o primeiro caboverdiano a ser internacional pela equipa de Portugal, Djuta abandona a carreira artística. O Adolfo Silva, com todo o seu humor, dizia que o Ben-David, ao casar com a irmã, tinha-lhe quebrado a perna.
Uma família totalmente dedicada à música, a começar pelo pai, Nhô Jôm Xalino (maiense) que tocava violino e fabricava quase todos os instrumentos de corda, arte que transmitiu aos filhos. Todos os filhos foram excelentes guitarristas (Adolfo, Armando, Orlando, Eduardo) e também as filhas (Gadinha, Dadinha e Djuta). E a coisa continua com os netos: o malogrado Djô d’Iloi, Zuca, Val Xalino, Bia e Calú Bana (América), Nilsa e outros que, em várias partes do Mundo (França, Holanda e América) continuam a perpetuar a herança de Nhô Jom Xalino. A casa de Nhô Jôm Xalino, primeiramente na Rua de Coco e depois na Rua de Moeda, frente à Salina, era uma verdadeira escola de música. Ali se formou, em especial graças ao Eduardo, o Bana, que era seu sobrinho e a Cesária, a nossa diva nacional.
Como em breve a Câmara de São Vicente presta homenagem a célebre pianista Tututa, filha dum outro grande músico, Nhô Anton Tchitche, o criador da coladera como afirmou Jotamont, parece-me necessário sugerir à Dra. Isaura Gomes, cuja família viveu sempre colado à casa de Nhô Jom Xalino, de pensar em homenagear esta família, principalmente a Djuta e o Eduardo, por aquilo que fizeram para a história cultural de Cabo Verde pois nenhum deles pôs de lado o violão. Que lindo seria um concerto!
Adolfo Silva (Eddy Moreno) autor de mornas e coladeras célebres como “Grandeza”, “Reola”, “Porto Grande”, “Nossa Senhora da Luz”, etc.
Texto de Luiz Silva, Paris, num comentário ao ASemana online
Black Daisy, Angola
Filha de pai português, nem sequer soube o seu apelido. Tive o prazer de a conhecer (ao mesmo tempo que o Adolfo) quando chegaram no Senegal e o prazer de ser o co-apresentador do DUO em Dakar, no “Théàtre du Palais”, onde foram feitas as fotografias pelo meu amigo, Jorge Leite (fotógrafo).
O Maestro Jotamont dedicou-lhe uma das suas belas composições, uma linda morna justamente "Black Daisy".
Texto de Valdemar Pereira, Tours, França
Coladeira "Grandéza", Autoria de Eddy Moreno, Interpretação de Titina
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Corrigido no texto. Grato pela correção. Abraço.
Ele nasceu em 1824.
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