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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 24 Set 11
On va la regretter. C'est sûr!!!
Esta é a reacção de uma Vereadora da Cultura quando soube da notícia da paragem da Cize.
Ao saber da notícia, com saudade, dei um balanço dos espectáculos que assisti nesta cidade e nos arredores e dos encómios que ouvia de cada um como se fosse da sua família. Família não mas, amigos. Conheci essa irmã de amigo e amiga, ela tinha apenas 8 anos e só a revi em Lisboa de onde partiria para encetar a sua brilhante carreira internacional.
Nestas paragens, num círculo de uns cem quilómetros de raio, desloquei-me (sempre com uma caravana de amigos) para assistir às suas actuações e fotografar esses admiradores que aproveitavam do conhecimento para a felicitar e eternizar o encontro.
De todos as actuações me lembro mas as que mais marcaram foram as da célebre Cidade du Mans, pelas suas "Corridas de 24 Horas", e no "Espace André Malraux" (Joué-lès-Tours) com mil e duzentos lugares, insuficientes para receber o dobro de pedidos de lugares que se esvaziaram seis meses antes da actuação, sem que tivessem colados os cartazes. Nessa vez e na "La Pleiade", Cesária podia encher uma segunda sala no dia seguinte se não houvesse outros compromissos.
A primeira manifestação dos arredores foi na Abadia de Fontevreaux (1992 ?), a seguir foi em Março de 1993, em "La Pleiade", da cidade de "La Riche". Seguiu-se "Les Halles aux Grains", em Blois (9 de Novembro de 1993), no "Palais du Congrés du Mans" (8 de Março de 1997) e, finalmente, em Joué-lès-Tours, cidade limítrofe desta capital da Touraine, no citado "Espace André Malraux" com a sala a abarrotar e "rusgas" na rua esperando uma eventual desistência.
Um cronista disse no dia seguinte que "os espectadores que se deslocaram já a conheciam suficientemente por terem apreciado a Caboverdiana que se fazia acompanhar por 7 músicos. A Diva realizou, como já é hábito, um espectáculo muito sóbrio, sem espalhafates, num ambiente cheio de melancolia e tristeza como no fado português".
A cada vez os músicos da Cesária foram dirigidos por um Chefe diferente. E assim viu-se, e apreciou-se, Paulino Vieira, Bau, Chico Serra e Toi Vieira.
Como disse a Vereadora, "vamos ter saudades da presença da Cize".
Que viva muitos anos com saúde para nosso deleite porque pára os espectáculos mas ainda dispára a sua voz.
– Valdemar Pereira, Tours, França
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Olá Brito Semedo. Também apresento m/condolências ...
Bom dia,Apraz-me realçar que li, atentamente, o te...
Boa-noite. Que eu saiba, as crónicas do Nhô Djunga...
Tudo o que acaba deixa um nimbo de nostalgia, mas felizmente que o términus é apenas por motivo de saúde, pois só a morte significa uma ruptura definitiva. Estou convencido de que ela não vai deixar de espairecer num ou noutro evento musical em que, mesmo que não intervenha directamente, nos animará com a sua presença como retrato vivo de uma voz inigualável na nossa história musical. Assim como a Amália Rodrigues é ímpar em Portugal, a Cize é ímpar em Cabo Verde.
Que saiba cuidar o mais possível da sua saúde.