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Esquina do tempo por Brito-Semedo © 2010 - 2015 ♦ Design de Teresa Alves
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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 25 Ago 22
“Raiou felizmente para esta Provincia uma nova era de ilustração; o Governo de SUA MAGESTADE sempre sollicito pelo bem dos subditos da mesma Augusta Senhora [Rainha D. Maria II] não podia por mais tempo consentir que continuasse a ignorancia, em que o povo de Cabo-Verde se achava engolfado. Já agora temos entre nós a Imprensa, este grande vehiculo das luzes e da sciencia; [...] parabens, pois, ó Cabo-Verdianos! Livres pela civilização dos nossos irmãos da Europa, vós ides dever a vossa civilização á Liberdade, que a não ser ella, ainda hoje se não teriam rasgado as densas nuvens do obscurantismo que ennegreciam esta Provincia” – Boletim Official do Governo Geral de Cabo-Verde, 1842
Boa Vista, Quarta-feira, 24 de Agosto de 1842 – Praia, Quarta-feira, 24 de Agosto de 2022
Assinala-se hoje os 180 anos da Imprensa Nacional, consubstanciado na publicação, na ilha da Boa Vista, do primeiro número do Boletim Official do Governo Geral de Cabo-Verde. Era então Governador Geral o Brigadeiro Francisco de Paula Bastos (1842-1845).
A introdução da imprensa no arquipélago, tal como nas outras províncias ultramarinas, surgiu na sequência do Decreto de 7 de Dezembro de 1836, do ministro da Marinha e do Ultramar, Marquês Sá da Bandeira, que mandava publicar boletins oficiais nas províncias ultramarinas para o que era, portanto, necessários tipógrafos locais ou idos da Metrópole.
Com excepção do Estado da Índia, com a imprensa desde 1837, Cabo Verde foi o primeiro dos territórios ultramarinos a receber a tipografia, seguindo-se Luanda, em 1845; Macau e Timor, em 1846; Ilha de Moçambique, em 1854; São Tomé, em 1857; e Bolama (Guiné), em 1879.
A Capital da Província era na Vila da Praia Santa Maria mas, no tempo das águas, podia ser em qualquer das outras ilhas que fosse acordada pelo Governo-Geral em Conselho.
É assim que se explica que o Boletim Oficial tenha sido publicado até ao número 32, ora na Boa Vista, ora na Praia, chegando mesmo a ser publicado na Brava, conforme o local de residência do Governador, antes de regressar definitivamente à capital da Província, em 1855.
Nos primeiros tempos, houve uma situação em o Boletim Oficial não chegou a ser publicado, por motivo de doença do compositor, que era ao mesmo tempo o impressor.
O Boletim Oficial viria a servir a Província de Cabo Verde e o Distrito da Guiné até 1879, ficando, a partir dessa data, em virtude da desanexação daquela região do governo de Cabo Verde, exclusivamente ao serviço das ilhas, com o nome de Boletim Official do Governo da Província de Cabo-Verde, tendo percorrido todo o período da dominação portuguesa, cruzado a linha da independência, mantendo-se até hoje.
– Manuel Brito-Semedo
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Ola, Boa tarde Cécile.Sou résident da Ilha de Soa ...
Ola, Boa tarde Cécile.Sou résident de Ilha de Soa ...
hahaha, no way that I kept updating myself on this...