Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

 

Seló.jpeg

 Os 'Sailors', Oswaldo Osório e Jorge Miranda Alfama, ladeando o Presidente do Departamento das Ciências Sociais e Humanas (Uni-CV), Professor Brito-Semedo

 

E agora Seló? Um espaço de questionamento, na linha da continuidade entre o passado e o presente, onde a tradição literária fala mais alto.

 

E agora Seló?

 

Qual o próximo porto de destino? Ou será porto de abrigo?

 

E o barco, agora, ruma em direcção à imaginação criativa do leitor, de olhos postos no “horizonte de expectativa”.

 

Com alma de viajantes, os sailors embarcaram na expressão poética e se fizeram ao mar largo, rumo aos paraísos de suas fantasias, numa longa viagem pela noite longa dos tempos, por cinco eternas décadas. Milhas e milhas percorridas, terras distantes desvendadas, por entre travessias e cruzeiros, vencendo mares e marés, eis que retornam ao cais de abrigo, de onde nunca partiram.

 

Pela viagem poética, percorreram o universo imaginário das palavras e dos versos para encontrarem ancoragem na criação poética, não fosse a missão do poeta convocar toda a força simbólica do imaginário. Afinal de contas, a experiência poética é um abrir de portas aos muitos eus contidos em nós e, a poesia, essa, é um campo aberto de significação, na construção de um diálogo permanente com o leitor que, durante a leitura, um mar revolto de imagens poéticas, banhadas pelas experiências acumuladas, dá largas à imaginação. É assim que, “Pela linguagem poética, ondas de novidade correm sobre a superfície do ser. E a linguagem traz em si a dialéctica do aberto e do fechado. Pelo sentido, ela se fecha, pela expressão poética, ela se abre.” (2001:224) E o texto poético, sem o leitor é uma miragem projectada num horizonte longínquo, reflectida na superfície das águas do mar. Ou não seriam o poeta e leitor, os utopistas de palavras, unidos na criação dos sentidos.

 

Precisamente, a fenomenologia da imaginação e do devaneio poético de Bachelard nos ensinou que a poesia revela-nos o mundo, permite-nos explorar o ser do homem como o ser de uma superfície. Os poetas navegam em mares de papel, nos quais evocam devaneios, memórias, recordações, vidas perdidas e existências em conflitos, numa palavra, uma fenomenologia da alma, imagens cósmicas do universo anímico da consciência humana.

 

Este é, apenas, um convite para adentrarmos este universo misterioso da imaginação simbólica.

 

Bibliografia

BACHELARD, Gaston (2001). A Poética do Devaneio. São Paulo : Martins Fontes

 

- Arminda de Santa-Cruz Brito, Docente da Uni-CV

 

Seló.jpeg

Os 'Sailors', Oswaldo Osório e Jorge Miranda Alfama, ladeando o Presidente do Departamento das Ciências Sociais e Humanas (Uni-CV), Professor Brito-Semedo

 

Seló.jpeg

Vista da Plateia com Estudantes e Docentes e os 'Sailors' + Presidente do Departamento das Ciências Sociais e Humanas (Uni-CV), à mesa

 

Seló.jpeg

Vista da Plateia com Estudantes do Departamento das Ciências Sociais e Humanas (Uni-CV)

 

Seló.jpeg

Vista da Plateia com Docentes e Estudantes do Departamento das Ciências Sociais e Humanas (Uni-CV)

 

Seló.jpeg

Escritor Jorge Miranda Alfama, Professor Brito-Semedo e Escritor Oswaldo Osório

 

Seló.jpeg

Escritor Jorge Miranda Alfama, Professora Mariana Faria, Escritor Oswaldo Osório e Professora Arminda Brito

 

Fotos Mariana Faria, Leitora do Instituto Camões na Uni-CV

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

1 comentário

De Eu a 11.10.2018 às 18:06

Saudades tuas Minda...

Comentar post

Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Jornalista e Poeta Eugénio Tavares

Comunidade

Powered by