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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 21 Set 12
Como podem imaginar, sendo eu “mnine de SonCent”, é com emoção e grande satisfação que regresso às minhas origens, depois de pouco mais de 35 anos, desejo esse que sempre acalentei.
Esta ilha do Monte Cara, pelas características da sua cidade e, sobretudo, do seu povo, exerce um fascínio muito grande sobre os seus filhos, que mantêm com ela uma relação de amor, profundo apego e exaltação. É assim que nenhuma outra ilha ou cidade de Cabo Verde é tão cantada, pintada ou objecto de escrita, ficção ou poesia, ou mesmo espaço de filme. É que esta ilha tem história e estórias, de que os sanvicentinos muito se orgulham.
Em 2006, depois de 12 anos a viver fora do País, voltei a Mindelo para fazer a apresentação da minha tese de doutoramento em livro. Nessa altura tinha a consciência de que estava a fechar um ciclo da minha vida, o da minha formação académica, iniciada em 1969, ao mesmo tempo que estava a abrir um outro, da docência no ensino superior. Seis anos depois, retorno para, de uma forma mais directa e no quadro da Universidade Pública, contribuir para o desenvolvimento social, académico e cultural desta ilha. Curiosamente, trabalharei nas antigas instalações do Liceu Gil Eanes onde sempre desejei estudar e não tive oportunidade. Como me disse certa vez em Oeiras o Escritor Teixeira de Sousa, “para aquele menino […], chegou longe!”.
A honra de servir a Universidade de Cabo Verde como Vice-Reitor, com a responsabilidade pelas áreas de Extensão Académica e Desenvolvimento Institucional, é um grande desafio, para a qual tudo farei por estar à altura.
Activar a Reitoria em S. Vicente é um sinal claro de uma nova estratégia que está a ser implementada paulatinamente, de há um ano a esta parte, na Universidade Pública.
Numa altura em que o tema da regionalização e o seu debate saltou para a agenda política, a Uni-CV adequa-se aos novos tempos e promove uma gestão de maior proximidade, bem como a valorização do Campus do Mindelo, que, estamos em crer, irá beneficiar o Ensino Superior em S. Vicente e, por extensão, as ilhas do norte.
Será minha responsabilidade, enquanto Vice-Reitor, coordenar a Extensão Académica da Universidade de Cabo Verde, entendendo esta como o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Investigação para a produção do saber universal, contribuindo para o desenvolvimento social, cultural e económico do País e viabilizar a relação transformadora entre Universidade e Sociedade.
Desta forma, as acções de extensão irão envolver a comunidade interna (discentes, docentes e não docentes) e externa (a sociedade), desenvolvendo-se preferencialmente de forma interdisciplinar e ou multidisciplinar, em consonância com a missão e os objectivos da Uni-CV, sob a forma de Programa, Projecto, Evento, Curso, Prestação de Serviços e Publicação.
Para isso, será necessário fixar normas para as actividades de extensão académica da Universidade de Cabo Verde, pelo que me proponho submeter para aprovação, já em Novembro, o Regulamento da Extensão Académica, de modo a que, em Dezembro, se possa montar, com o envolvimento e a participação de todas as unidades orgânicas, um Programa para 2013, para ser implementado a partir do mês de Janeiro.
É igualmente meu propósito levar a efeito um estudo, no segundo semestre do ano lectivo, sobre a caracterização dos estudantes do Campus de S. Vicente.
Destaca-se ainda, pela importância que terá na projecção da imagem internacional da Uni-CV e para o turismo cultural em S. Vicente, a organização do XI Congresso da Associação Internacional dos Lusitanistas, o primeiro a ser realizado fora da Europa e das Américas, a acontecer na semana de 21-27 de Julho de 2014, e que irá movimentar a cidade do Mindelo com cerca de 400 participantes, de diferentes países.
A terminar, duas notas breves e bem pessoais: (i) de reconhecimento e de agradecimento às duas mulheres que me criaram, Mãi Liza e Mãi Xanda, minha avó e minha mãe, e à minha mulher, Maria Emília, que me tem acompanhado e apoiado nestes últimos vinte anos e (ii) de coincidência, ou nem por isso, de, ao regressar às minhas raízes e ao local onde está enterrado o meu umbigo, a Chã de Cemitério!
- Manuel Brito-Semedo
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Um belíssimo texto este da senhora Sónia Jardim. T...
Interessante que isto me lembra um estória de quel...
Muito obrigado, m descobri hoje e m aprende txeu!!...
Felicidades e redobradas forças para levares ao teu bom porto, o Nosso Porto Grande, a mais valia da tua sabedoria e da tua postura enquanto Homem e Cidadão.
Um abraço da largura de port grande.
Mantenhas