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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 5 Jan 13
Francisco Vicente Gomes nasceu em Santo Antão a 3 de Julho de 1927.
Na sua infância em S. Vicente, para onde veio viver com a família, cedo começou a fazer parte de pequenos conjuntos, tendo convivido com quase todos os músicos de S. Vicente.
Puseram-lhe o nome de Frank Cavaquim por ser exímio tocador desse instrumento.
Era conhecido pelas belíssimas coladeras, pois tinha facilidades e tempo para observar o dia-a-dia mindelense, as peripécias do amor, as suas “riolas” e as suas rivalidades.
Nos anos 60 emigra para a Holanda tendo participado em vários conjuntos cabo-verdianos com destaque para o conjunto "Voz de Cabo Verde".
Era uma figura humilde e discreta, de rara sensibilidade revelada nas poucas mornas que produziu. Porém, de uma aguçada e perspicaz ironia, fazendo dele um dos mais sarcásticos letristas e compositores de coladera.
Viria a falecer em Mindelo a 5 de Maio de 1993 deixando imensas saudades em todos aqueles que o conheceram.
Também com a devida licença do MBS, respondo ao Valdemar Pereira, com quem tenho o prazer de “dialogar”, pois toda a minha família conheceu bem o Sr. Hermínio do “Telégrafo”, com quem os meus pais tinham uma relação de amizade. Conheci também quase todo o pessoal que lá trabalhava, seja nos escritórios, seja nas oficinas. Integro a prole de Alfredo d’Carmo/Ti Fefa (uma das gêmeas dele) e, enquanto criança, várias vezes fui levar o café da manhã ao papá (quando calhava a minha vez, pois era muita “filharada”), ou para lá me dirigia, sempre que era necessário “sacar” alguns escudinhos para assuntos escolares do pessoal lá de casa.
O meu pai faleceu em 1992 (no meu comentário anterior enganei-me na data em que ele esteve internado no hospital juntamente com o Frank Cavaquim: 1992 e não 1998, -as minhas desculpas).
O meu primo Orlando faleceu na cidade da Praia há cerca de 20 anos e o irmão dele, o Jaime, faleceu há cerca de 3 anos em S. Vicente. Que Deus os tenha em descanso.
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Olá Brito Semedo. Também apresento m/condolências ...
Bom dia,Apraz-me realçar que li, atentamente, o te...
Boa-noite. Que eu saiba, as crónicas do Nhô Djunga...
Conheci o Frank Cavaquim eu ainda era uma criancinha. Frequentou muito a nossa casa quando integrava o conjunto Benitómica (Ti Fefa (Alfredo d'Carmo/meu pai ao clarinete, Frank no Cavaquim, Djack Strilinha no cornetim,Ti Goi, Knick, Lela Preciosa, Sérgio, etc. Quem não se lembra daqueles bailes? Quando os bailes terminavam, todos os instrumentos eram guardados na nossa casa no Alto Mira-Mar e ainda me lembro das serenatas que a pequenada lá de casa tentava fazer de manhã ao acordar. Eram cordas de violas, de cavaquinho e de rabecas rebentadas, eram palhetas de clarinete extraviadas, enfim era uma autêntica paródia que por vezes resultava em sovas e/ou raspanetes ao único rapaz da irmandade. Até hoje me pergunto, porque é que nenhum de nós aprendeu a tocar, a não ser campainha de portas.
Por ironia do destino, em 1998 o Frank e o meu pai partilharam a mesma enfermaria no Hospital Baptista de Sousa, com visitas diárias do Luís Morais. Sempre apreciei a solidariedade entre esses nossos artistas. Que Deus os tenha em sua guarda!