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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 21 Dez 10
A pobreza exaustiva da Ilha de Santo Antão em Cabo Verde, escrita por um caboverdiano. Manuel Lopes detalha inexoravelmente os caprichos hostis do clima e do solo e os sofrimentos, incertezas, infrutíferas migrações em busca de água, e morte dos habitantes de Santo Antão. Tal como as personagens, o leitor se torna obsecado com as incansáveis mudanças do clima e da paisagem, símbolos de esperança, ou mais certamente de um incessante desespero. Há um escassa caracterização de José da Cruz, protagonista, e das pessoas que o circundam. É como se as interações pessoais fossem um luxo em meio de tão dominante miséria. (Aqui)
FICHA TÉCNICA:
Duração: 100 m
Realização: António Faria
Autoria: Manuel Lopes
Origem: Portugal – 1987
Com: Adriano Gonçalves Bana, Albertino dos Reis, Arciolinda Almeida, Arlindo Évora Lima, Carlos Alhinho, Carlos Cruz Reis, Conceição Lopes, Daniel Sone Medina, David Leite, Eliana Lima, Elizabeth Matos
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“Agosto chegou ao fim. Setembro entrou feio, seco de águas; o sol peneirando chispas num céu cor de cinza; a luminosidade tão intensa que trespassava as montanhas, descoloria-as, fundia-as na atmosfera espessa e vibrante. Os homens espiavam, de cabeça erguida, interrogavam-se em silêncio. Com ansiedade jogavam os seus pensamentos, como pedras das fundas, para o alto. Nem um fiapo de nuvem pairava nos espaços. Não se enxergava um único sinal, desses indícios que os velhos sabem ver apontando o dedo indicador, o braço estendido para o céu, e se revelam aos homens como palavras escritas.”
A história:
Uma ilha inóspita em que a seca atravessa a paisagem, as vidas e as entranhas daqueles que vivem da terra e que olham para o céu que todos os dias é de uma angústia azul. Vidas esmagadas pelas forças da Natureza, homens que procuram a chuva em fiapos de nuvens esquecidas pelo vento.
in Livroditera
Autor: Manuel Lopes
Editor: Vega Editora
Edição: 1991
Colecção: Palavra Africana
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Olá Brito Semedo. Também apresento m/condolências ...
Bom dia,Apraz-me realçar que li, atentamente, o te...
Boa-noite. Que eu saiba, as crónicas do Nhô Djunga...
Fica ao menos para a história do nosso cinema. O romance de Manuel Lopes merecia melhor.
ABRAÇO.