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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 18 Out 17
"Eugénio Tavares", Pintura de David Levy, 2017
O poeta Eugénio Tavares, patrono da cultura cabo-verdiana e da cátedra de língua portuguesa, é o tema de um colóquio que decorre todo o dia de hoje, no Centro Cultural Português, para assinalar os 150 anos do nascimento daquele que é considerado o "Camões cabo-verdiano".
O colóquio foi organizado pela cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa, uma unidade de investigação criada pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e pela Universidade de Cabo Verde em 2014 e insere-se num vasto programa de atividades que hoje assinalam o Dia Nacional da Cultura em todo o país.
Conhecido e popularizado pelas suas mornas, Eugénio Tavares, nascido na ilha Brava em 1867, foi também escritor e jornalista, facetas que o académico Brito Semedo, da comissão organizadora do evento, quer ver mais divulgadas e "apropriadas" pela sociedade cabo-verdiana.
"Eugénio Tavares sempre foi apropriado pela morna, mas queremos mais do que isso", disse Brito Semedo na abertura do evento, considerado que a ideia é que o escritor seja apropriado pela sociedade nas várias facetas da sua obra.
"Sempre foi conhecido mais pelas mornas e as mornas não são tão apetecíveis pela geração mais nova", assinalou Brito Semedo.
Além do colóquio foi lançado um livro dedicado a Eugénio Tavares e a vida e obra do escritor está esta semana também em destaque na imprensa cabo-verdiana como parte de um processo de "divulgação de Eugénio Tavares numa linguagem mais tu cá, tu lá", adiantou Brito Semedo.
Para Judite Nascimento, reitora da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), Eugénio Tavares simboliza a cultura e a personalidade dos cabo-verdianos.
"Pelo que nos deixou, acaba por incorporar alguns dos valores que o homem e a mulher cabo-verdiana incorporam: a dignidade, a resiliência, a resistência e sobretudo o espírito de luta, de ousadia e de criar independente das condições", disse Judite Nascimento aos jornalistas.
A reitora da Uni-CV sublinhou, nomeadamente o facto de, apesar de não ter qualquer título académico, se ter destacado em área tradicionalmente de saber académico.
"A memória de Eugénio Tavares fica marcada para a eternidade através das mornas e dos poemas que ele deixou, mas demonstrou, sobretudo, que o cabo-verdiano, independentemente das condições, consegue resistir e vencer", disse.
Durante a sua intervenção no colóquio, Judite Nascimento sublinhou a "responsabilidade de transportar a herança e o legado" de "ousadia e de resistência com dignidade" para as novas gerações.
Considerando que o escritor "homenageou duas línguas e duas culturas: a cabo-verdiana e a portuguesa", Judite Nascimento citou o também já falecido poeta Corsino Fortes para se referir a Eugénio Tavares como o "Camões cabo-verdiano".
Criada em 2014, a cátedra Eugénio Tavares integra a rede de 24 cátedras do instituto Camões no estrangeiro e dedica-se à investigação e promoção do ensino do Português como língua segunda.
De 13 a 15 de novembro promove, na cidade da Praia, mais uma edição das jornadas de língua portuguesa, este ano dedicada à produção de manuais didáticos.
Eugénio Tavares nasceu na ilha Brava a 18 de outubro de 1867, tendo durante a sua vida vivido em várias ilhas de Cabo Verde, incluindo São Vicente e Santiago, e estado exilado nos Estados Unidos.
Falecido em 1930, foi poeta, jornalista, escritor, dramaturgo, autodidata e resistente e desde 2005 é patrono da cultura cabo-verdiana.
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Um belíssimo texto este da senhora Sónia Jardim. T...
Interessante que isto me lembra um estória de quel...
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