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Brito-Semedo, 2 Nov 22

As festas agrícolas, associadas à colheita dos grãos, são identificadas na história da agricultura desde a Antiguidade. O ciclo da colheita segue o período de formação e maturação dos cereais.
Labrador di nha terra n’ ten fé
ma agu ta volta pa labada
pa bu podi trabadja bu tchon
sen ideia ma bu ten Patron
Omis cu mudjer mon na enxada
ta labra tera pa simentera
na cada fundu ribera
mocinhus ta pastora limaria
Nha fé e fundu sima mar
nha esperança ten cor di fodjada
má cusas toma se lugar
ó qui agu dispontá na labada
Labrador di nha terra n’ ten fé
ma agu ta volta pa labada
pâ planta mata si secura
pâ bus odju engorda na verdura
Boi ta trapitchi tâ pilá
sucri na cobri, grogu na fornádja
batucu fincadu na terreru
mâ sabi bale más qui dinheiro
….. ….. …..
“Kôr di fodjada”, de Kaká Barbosa,
in Nhônhô Hopffer, CD Nhara Santiago, 2007
Em Cabo Verde, onde a base da alimentação da população rural é o milho, cultivado em sequeiro, há uma época própria para preparar o terreno, fazer a sementeira, guardar os pardais e os corvos, fazer a monda, tirar a flor – meses de Julho a Outubro – e fazer a codjeta no mês de Novembro.
No interior de Santiago – Tarrafal, Santa Catarina, São Lourenço dos Órgãos e Santa Cruz – passou a ser tradição realizar-se no dia 1 de Novembro, Dia de Todos os Santos, a festa do milho verde, marcando a época da colheita.
Em São Lourenço dos Órgãos, a festa do milho verde, assado, cozido e catchupinha, começou a ser realizada em 2009 com um festival do milho e gastronomia na Barragem de Poilão, a primeira grande barragem construída em Cabo Verde, em 2006.
Aproveitando o dia santo, feriado nacional, o homem de Santiago usa o dia para confraternizar e partilhar, saborear as primeiras espigas e agradecer a Todos os Santos pela colheita do milho. Actualmente, é uma festa de toda a ilha, incluindo a cidade da Praia, com o propósito de promover o turismo rural e cultural e dinamizar a economia local.
Depois de dois anos em que não se realizou o Festival do Milho por causa da pandemia da covid-19, a festa do milho verde voltou em força, até porque houve uma boa azágua e a colheita do milho, sobretudo nas zonas altas, promete.
– Manuel Brito-Semedo
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