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'Mudánça', de Ovídio Martins

Brito-Semedo, 3 Abr 15

 

Laginha.jpeg

Mindelo, Praia da Laginha, Foto MonteCara Soncent, no FaceBook

 

 

MUDANÇA

 

C’ bocês

Sempre c’ bocês

nesse luta de tude dia

nesse sperança de tude hora

rise verde e fartura

midje tchuva e sabura

 

C’ bocês

nesse terra de silencie

nesse tochore sem pecóde

trabói suor e trabói

riqueza de terra ê pa quem?

 

C’ bocês

sempre c’ bocês

sol quente na cabeça

tchuva de riba de corpe

nôs dstine ê sô um:

vra nôs terra note terra

 

– Ovídio Martins

 

in Não Vou para Pasárgada, 1998

 

Ovídeo.jpeg

 

Ovídio de Sousa Martins

 

(S. Vicente, 17 de Setembro de 1928 – 29 de Abril de 1999)

 

  

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11 comentários

De Luiz Silva a 18.09.2011 às 16:13

Caro Val:

O  Ovidio me falou com muita magoa  do Belarmino de Nhô Talef, seu amigo de infância,  um grande jogador de pião, que morreu no mar da Plata ao tentar atravessar o rio para a Argentina. Este poema ja' aparece na priemria ediçao da poesia de Ovido Martins - Os Flagelados do Vente Leste. Na leitura da nossa emigraçao poucos se teem falado daqueles que morreram em procura de Cabo Verde, na feliz expressao de Baltasar Lopes.

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