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Prémio Literário Arnaldo França

Brito-Semedo, 25 Ago 21

 

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Palavras proferidas na qualidade de presidente do júri da 4.ª edição do “Prémio Literário Arnaldo França”.

 

 

“O livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós”.

 

– Franz Kafka

 

 

Começo por saudar o Dia Nacional da Imprensa Escrita quando se assinala os 179 anos da sua instalação em Cabo Verde. E a forma encontrada para celebrar a data não poderia ter sido mais simbólica que com o lançamento dos livros das duas últimas edições de um Prémio Literário promovido em parceria pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda de Portugal e Imprensa Nacional de Cabo Verde e anunciar a abertura de uma sua quarta edição.

 

Parabenizo os promotores desta iniciativa que tem como objectivo homenagear o escritor Arnaldo França, promover o talento, a produção literária e a língua portuguesa em Cabo Verde. Saúdo, igualmente, os parceiros que têm feito isso possível, designadamente a Livraria Pedro Cardoso.

 

Felicito igualmente os premiados da segunda e terceira edições e incentivo-os a prosseguir nessa senda.

 

Os prémios literários entre nós, a par de uma falta de políticas públicas efectivas no domínio do livro e das edições, têm ficado mais pela intenção do que propriamente pela efectivação. Isso talvez se deva à sua efemeridade, ou seja, nunca mais de três edições, por razões várias, sobretudo financeiras. Passemos, brevemente, em revista o que aconteceu nos últimos cinco anos:

 

Prémio Literário Infanto-juvenil “Orlanda Amarílis

Prémio instituído pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas em parceria com a Academia Cabo-verdiana de Letras, em 2016, cuja premiação incluía a edição do livro vencedor. Realizou-se uma primeira edição, mas o livro não chegou a ser editado e o Prémio não teve continuidade.

 

Prémio Literário O Livro do Ano – “Mário Fonseca”

Prémio instituído pelo Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, em parceria com a Academia Cabo-verdiana de Letras, também em 2016. O concurso chegou a ser lançado mas nunca se efectivou.

 

Prémio Corsino Fortes – Prémio BCA de literatura

Prémio promovido pelo BCA em parceria com a Academia Cabo-verdiana de Letras visava galardoar uma obra inédita de um autor cabo-verdiano, no domínio da Literatura. Criado em 2016, teve apenas duas edições, 2016 e 2018.

 

Para, finalmente, chegarmos ao Prémio Literário Arnaldo França. Primeira edição em 2018. É o único que ainda resiste, contando já com três edições. É nosso sincero desejo que tenha vida longa!

 

Sendo a Professora Maria de Fátima Fernandes e eu estudiosos da literatura cabo-verdiana e admiradores da pessoa e da obra de Arnaldo França, foi com muita honra e sentido de responsabilidade que aceitamos o convite para integrar o júri do 4.º Prémio, juntamente com a Dra. Paula Mendes, Editora-chefe da INCM, dando continuidade ao qualificado trabalho realizado pelos júris anteriores.

 

Este é um prémio que privilegia a Prosa, mas ouso lançar o desafio para que seja estentido à Poesia e ao Ensaio, talvez de forma rotativa, a exemplo do Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura, matriz dos outros prémios literários da Imprensa Nacional Casa da Moeda, cuja primeira edição é de 2015.

 

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Termino evocando o Patrono do Prémio, baluarte da Cultura cabo-verdiana, com as palavras de Corsino Fortes: "Arnaldo França, o primeiro nome em que se pensa quando se quer garantias de conhecimento, de cientificidade e de seriedade”.

 

Manuel Brito-Semedo

 

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