Esquina do Tempo

Eduardo Lourenço, com uma clara autoridade moral. Foi-lhe atribuído o Prémio Europeu de Ensaio Charles Veillon (concedido em 1988 por ocasião da sua obra Nós e a Europa ou as Duas Razões) no ano em que foi colocado em Roma como adido cultural português.

Crítico e ensaísta literário, virado predominantemente para a poesia, assinou ensaios polémicos como Presença ou a Contra-Revolução do Modernismo Português? n' O Comércio do Porto (1960) ou um particular estudo sobre o neorrealismo intitulado Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista (1968). Aproximou-se da modernidade na obra de Fernando Pessoa, a propósito da qual deu à estampa o volumePessoa Revisitado (1973) ou Fernando Rei da Nossa Baviera (1986). Indiferente à sucessão de correntes teóricas, e fugindo tanto ao historicismo como a pretensas análises objectivas, a perspectiva de Lourenço influenciou já outros autores, como, por exemplo, Eduardo Prado Coelho, e encontra-se enunciada num livro central, Tempo e Poesia (1974).

- Liliana Henriques, RFI

Na Segunda-feira começou o novo ano lectivo em Cabo Verde já com a aplicação do novo acordo ortográfico da Língua portuguesa, este acordo devendo em princípio começar a ser aplicado no mais tardar neste mês de Outubro nos países lusófonos. Tal como em todos os outros países, este texto não tem deixado de suscitar debates no arquipélago, como refere Manuel Brito-Semedo, antropólogo e professor na Universidade de [Cabo Verde em] Santiago com quem começamos por falar na evolução da outra Língua de Cabo Verde, o Crioulo. Ouvir o Programa aqui

16 de Setembro de 2015