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Brito-Semedo, 18 Set 21


Homenagem a Armando Pong Sapateiro
Já’j pintál
Ca é bô cor… perdê bo valor
Catem sentimente… dor subi… la na céu
Bô sonhe ta f’cá na tchon
Ta vivê costa pa munde
Ta vivê d’um sol quadrode
Já’j abri sê quintál d’cruz
Oh… Nossa Senhora da Luz
Bem dzême porquê já’j ôfrêcê
Criston já perdê sê surrise
Na dor, d’um vida cançode
Dormi na tchon, cubrid d’giada…
Corrêpa cais… ba shpiá vida…
Na shperança… na mar i tchuva
– Já’j Pintál, Letra e Música Jorge Lima Gomes / Djin Djob,
in Single “Amor & Música”, 2021, de Djin Djob
Brito-Semedo, 2 Ago 21


Homenagem ao marinheiro-trovador Manel d’Novas de Alegria
Bo ta camba na sul
A mi cu odjo na bo,
Bo ta dobra mar azul
Pa bem queceme e'ss nha dor.
Navio Novas d'Alegria
Bo levame nha mae querida
Pum terra desconhecida
Em busca di felicidade.
Oh porto grande di Senegal
Abri c'amor bo portal
Bo recebe ess imagem santa
C'amor tambem ti ta bai.
Triteza'm ca sabé tchoral
Alegria'm ca sabé cantal
A mim'm sabé djam flabo tudo
Ness morna cheio di sodade.
– Morna ‘Novas d’Alegria’, Amândio Cabral, 1959
Brito-Semedo, 30 Mai 19


Homenagem às gentes da Cidade-Porto do Mindelo
Bô papá ca foi foguêr
Nem tampoco rocegadôr
Nem marinhêr nem catraêr
Nem carpintêr nem pedrêr el foi
Nem padêr nem pescador
E nem tambêm catador
– Manuel d’ Novas
Brito-Semedo, 19 Mai 19


Homenagem ao Mestre Cunke
Nos anos de 1950/60, feito o exame do 2.º grau, era dzid-e-sabid que o caminho a ser seguido pelos fidjes-de-pobréza era aprender um ofício e preparar-se para uma profissão. Os filhos dos mais remediados iam para o Liceu Gil Eanes e alguns outros, de pais menos remediados, para a Escola Técnica, havendo, contudo, algumas excepções.
Brito-Semedo, 11 Abr 19

Assinala-se este ano os 90 anos da publicação do Diário (Praia, Imprensa Nacional, 1929), livro de poesia de António Pedro [Costa] (Praia, 09.Dez.1909 – Moledo do Minho, 17.Agosto.1966), artista plástico surrealista, homem de teatro, escritor, poeta e jornalista.
Diário
O Diário, pelo modernismo e pela forma de abordagem dos temas não agradou a muita gente. “A tal ponto que [segundo Félix Monteiro] um exemplar do livrinho foi rasgado, simbolicamente em auto-de-fé, por um grupo […] do Liceu de São Vicente, o qual, para o cúmulo, deliberou levar mais longe o seu protesto, remetendo ao Autor, pelo correio, os despojos, da sua intolerância”.
Brito-Semedo, 14 Mar 19

“Nha Claridade só gostava dos filhos-machos. Não queria saber das filhas-fêmeas” – Orlanda Amarílis
Orlanda Amarilis, única menina entre os rapazes da Academia Cultivar, iniciou a sua carreira literária começando por colaborar na Fôlha da Academia Certeza no seu primeiro número, saído em Março de 1944.
Orlanda Amarilis Lopes Rodrigues Fernandes Ferreira (Santa Catarina, 08.Outubro.1924 – Lisboa, 01.Fev.2014) pertence a uma família de grandes figuras literárias. Era filha de Alice Lopes [da Silva] Fernandes e de Armando Napoleão Fernandes, autor do primeiro dicionário de língua crioula-portuguesa, O Dialecto Crioulo – Léxico do Dialecto Crioulo do Arquipélago de Cabo Verde, e da Gramática do Crioulo de Cabo Verde (obra incompleta e ainda inédita). Amarilis era igualmente sobrinha de José Lopes da Silva e prima de António Aurélio Gonçalves e de Baltasar Lopes da Silva. Foi casada com o escritor Manuel Ferreira.
Brito-Semedo, 7 Fev 19

Homenagem a Dom José Luís Alves Feijó,
Bispo Fundador do Seminário-Liceu, 1866-1867,
e ao Cónego António Oliveira Bouças,
último Vice-Reitor, 1904-1917
O ensino superior em Cabo Verde tem a sua génese no Seminário Eclesiástico da Diocese de Cabo Verde, conhecido como Seminário-Liceu de São Nicolau (1866-1917).
Curso Superior de Estudos Eclesiásticos
Criado para o estado eclesiástico, foi ali formado e ordenado, entre 1866 e 1899, quarenta e nove presbíteros, sendo que 17 eram provenientes de Portugal Continental [1 era da ilha da Madeira], 1 de Bissau e os restantes 31 de Cabo Verde. Dentre estes figuram Nicolau Gomes Ferreira (Santiago, 1874), António Manuel da Costa Teixeira (Santo Antão, 1890), Porfírio Pereira Tavares (Santiago, 1895) e Francisco de Deus Duarte (São Vicente, 1901), para se referir apenas aos mais conhecidos.
Brito-Semedo, 24 Jan 19


Escrevo-o para esta juventude estudiosa que precisa conhecer os assuntos de sua terra, que mais lhe interessa saber.
“À memória dos Caboverdianos marítimos, aqueles que,
ao Serviço das Nações Unidas, ao serviço da liberdade,
corajosamente, perderam a vida durante a
2.ª Grande Guerra Mundial.
Como testemunho de profunda saudade.”
– Frank Xavier da Cruz (B. Léza), 1950
O escritor Manuel Lopes explica que Mindelo “veio ao mundo sobre as quilhas da navegação internacional, nasceu, por assim dizer, cosmopolita, porque nasceu parasita do porto, e até hoje [1959] sempre dependeu dele”.
Brito-Semedo, 10 Jan 19

“Estou a vê-lo, bem presente, tez alourada, cabelo castanho claro e anelado, olhos da côr de certos topázios, tristes e vagos, a inseparável luneta, o chapéu de côco e o também inseparável fraque, a bengala de cerejeira e as botas fortes...”
– José Lopes, "Guilherme Dantas", in Vida Contemporânea, Junho.1935
Guilherme da Cunha Dantas pode ser considerado o primeiro escritor cabo-verdiano. O facto de ter nascido e morado quase toda a vida em Cabo Verde (Brava, 1849 – Santiago, 1888), o período de produção literária, a quantidade, qualidade e diversidade da sua obra, que trazem como referência a sociedade e a cultura do arquipélago, são factores que assim o atestam (na época, no sentido regional).
É interessante mencionar dois autores mais antigos, mas que não se enquadram efectivamente na definição escritor(a) cabo-verdiano(a): Antónia Gertrudes Pusich (São Nicolau, 1806 – Lisboa, 1883), não apresenta as mesmas características de Guilherme Dantas. Embora nascida em Cabo Verde, cedo foi viver para Portugal tendo-se integrado na vida literária e social da metrópole, não fazendo das ilhas tema da sua obra; e José Evaristo d’Almeida (Portugal, sec.XIX – Guiné-Bissau, séc.XX), autor do romance de temática cabo-verdiana O Escravo, publicado em Lisboa em 1856, que viveu apenas alguns anos em Cabo Verde e a obra restringe-se a esse romance e mais dois poemas onde o arquipélago está presente.
Brito-Semedo, 24 Dez 18


“Entre gente de sobrado, de loja e de funco nasci e vivi. Nunca cheguei a perceber bem qual o lugar me coube nessa sociedade. Por isso, este livro é de todos e para todos”
– Teixeira de Sousa, Ilhéu de Contenda, 1978
Concluído em 24.Abril.1974, Ilhéu de Contenda, o primeiro romance de Teixeira de Sousa (Fogo, 1919 – Oeiras, 2006), foi dado à estampa em 1978 pela editorial O Século, fazem agora 40 anos, uma efeméride que bem poderia ser assinalada entre nós com uma nova edição da obra. O livro, que teve uma segunda edição/reimpressão em 1983, encontra-se esgotado há muito.
“Ilhéu de Contenda” é um signo (sobrado) que remete para a micro sociedade foguense cuja história é recriada de forma ficcionada (livro) e que depois passa para o cinema (filme).
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Corrigido no texto. Grato pela correção. Abraço.
Ele nasceu em 1824.
Grato pela partilha destas informações que enrique...
Devido à oportunidade de realizar pesquisas sobre ...
Já está disponível e pode ser baixado em PDF a par...