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A Emigração para o Sul

Brito-Semedo, 26 Dez 24

 

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Carvalho, by Hamilton Silva

 

 

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A migração cabo-verdiana para a América iniciou-se no século XVIII, focada na América do Norte e impulsionada pela actividade baleeira, com destaque para as ilhas Brava e Fogo. Posteriormente, no século XIX e início do século XX, estendeu-se à América do Sul, com destinos como Argentina, Brasil e Uruguai. O Porto Grande de São Vicente tornou-se ponto estratégico para estas rotas, envolvendo principalmente homens das ilhas do norte, como São Vicente, Santo Antão e São Nicolau. Essa mobilidade gerou uma identidade transnacional híbrida, combinando raízes locais com influências globais, evidenciando como os cabo-verdianos equilibram laços culturais e adaptações em seus destinos.

 

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Está a circular nas redes sociais Instagram, X e Facebook um vídeo [https://www.instagram.com/rapkriolu.frazis/reel/DAaq2WhobXR/] que mostra um grupo de crianças cabo-verdianas a declamar um hino reggae com uma mensagem de cunho nacionalista, pan-africanista e político. Na verdade, o poema foi declamado no programa "Show da Manhã" da Televisão Pública de Cabo Verde [https://www.youtube.com/watch?v=msvavbET0dQ] no dia 14 de Junho de 2024, pelo Grupo Núcleo de Arte Bai Palavra, uma iniciativa de um professor da Escola Capelinha, na Praia.

 

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Ilustração da evolução populacional esperada com base no valor dos censos de 2010 (projecção realizada pelo INE), versus a tendência de crescimento populacional observada com base nos valores reais de 2010 e de 2021.

 

 

A emigração está profundamente enraizada na história e identidade de Cabo Verde, devido à sua localização geográfica e condições ambientais adversas, como a escassez de água e as secas periódicas. A necessidade de buscar melhores oportunidades no exterior tornou-se uma constante para os cabo-verdianos ao longo dos séculos.

 

Cabo Verde, descoberto por navegadores portugueses em 1460, foi colonizado por europeus e africanos, resultando na formação de uma sociedade crioula marcada pela mistura de culturas, línguas e tradições. Este arquipélago tornou-se uma nação aberta ao mundo desde os primeiros tempos de colonização, desenvolvendo uma identidade que se expandiu com a emigração.

 

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Insularidade, Factor de Identidade

Brito-Semedo, 23 Jul 24

 

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É amplamente reconhecido que, em um contexto insular, o espaço físico influencia a economia e molda as características das populações, diferenciando-as das comunidades vizinhas.

 

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Encontradas sem populações autóctones em 1460, as ilhas de Santiago e Fogo começaram a ser povoadas por europeus e africanos em 1462. No século XVI estendeu-se à ilha do Maio. Na segunda metade do século XVII, já com filhos-da-terra e gentes-de-fora vindas de Portugal, as ilhas montanhosas e agrícolas de Santo Antão, São Nicolau e Brava avançaram no mesmo caminho. Seguiram-se a ilha portuária de São Vicente, povoada no final do século XVIII, bem como as ilhas da Boa Vista e Santa Luzia. A ilha do Sal completou o ciclo em inícios do século XIX.

 

Um processo de povoamento das ilhas com migração e circulação geográfica que durou cerca de quatro séculos ao longo do qual se juntaram e amalgamaram gentes-de-fora e gentes-das-ilhas, misturando sangues, sotaques, costumes, hábitos e crenças fazendo das ilhas uma sociedade e uma nação crioulas, cosmopolita e aberta ao mundo.

 

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Este é mais um tema sobre o qual o silêncio é tão intenso que se torna palpável, quase audível, devido à ausência de som ou de resposta em um momento em que se espera algum tipo de reacção das autoridades de Cabo Verde enquanto Estado de Direito Democrático.

 

 

Este silêncio é revelador de que não se está, nem se vai ficar, “em paz com a história” enquanto houver um esquecimento activo sobre as atrocidades cometidas durante o regime de Partido Único. Enquanto a estratégia para a desejada unidade nacional for a de deixar aspectos importantes de lado, apenas porque são vistos como divisivos ou prejudiciais, não conseguiremos avançar em direcção a um novo futuro. Este tipo de “esquecimento” implica a negação ou ocultação de eventos importantes e deixa de fora da nossa história o registo dos acontecimentos relativos a uma parte do seu povo. Onde fica a unidade?

 

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26.Abril.1974 - Manifestação dos estudantes do Liceu Gil Eanes

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1.º de Maio - Doutor Baltasar Lopes levado ao ombro pela população

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1.º de Maio - Doutor Baltasar Lopes discursando na varanda da Câmara Municipal de São Vicente


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O 25 de Abril que nunca aconteceu

Brito-Semedo, 26 Abr 24

 

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1º de Maio de 1974, Câmara Municipal São Vicente. Dr. Baltasar Lopes (canto esq.) a discursar

 

O 25 de Abril, pelos valores que propugnava, nunca aconteceu em Cabo Verde, no sentido em que foi uma fraude, muito por culpa dos militares portugueses (Delegação do Movimento das Forças Armadas, MFA, e das Forças Armadas Portuguesas, FAP) aqui estacionados –com “a total identificação por parte dos militares com os ideais de luta do PAIGC”[1] – e pelo projecto de poder trazido pelo grupo que veio de Conacri, com áurea de combatente e de libertador.

 

O 25 de Abril foi, por isso, uma fraude aqui nas ilhas no sentido em que o termo é utilizado para descrever actos enganosos ou desonestos com a intenção de obter ganhos pessoais e políticos ou prejudicar outra pessoa sabendo que isso geralmente envolve a manipulação de informações, documentos ou sistemas para obter benefícios, no caso, o de poder decidir o destino de um povo.

 

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A Agência Reguladora do Ensino Superior (ARES) acaba de concluir o processo do exercício avaliativo institucional. Esta avaliação apresenta uma descrição da situação e condições actuais das Instituições de Ensino Superior (IES) em Cabo Verde.

 

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Esquecer!? Ninguém esquece…
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Jornalista e Poeta Eugénio Tavares

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