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Homenagem ao marinheiro-trovador Manel d’Novas de Alegria

 

 

Bo ta camba na sul

A mi cu odjo na bo,

Bo ta dobra mar azul

Pa bem queceme e'ss nha dor.

 

Navio Novas d'Alegria

Bo levame nha mae querida

Pum terra desconhecida

Em busca di felicidade.

 

Oh porto grande di Senegal

Abri c'amor bo portal

Bo recebe ess imagem santa

C'amor tambem ti ta bai.

 

Triteza'm ca sabé tchoral

Alegria'm ca sabé cantal

A mim'm sabé djam flabo tudo

Ness morna cheio di sodade.

 

– Morna ‘Novas d’Alegria’, Amândio Cabral, 1959

 

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Sôdad de nôs paquêt

Brito-Semedo, 4 Mai 18

 

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Homenagem ao Capitão Crisanto Rufino Lopes, 87 anos

 

 

Cabá navio, cabá vapor… Cabá tud! Gent sem juíze… É nossa sina? Quem é o dono deste crime?

 

Êss qu'é nha terra, é Cabo Verde

Nhor Dês bta-l na meio di mar,

Nabiu di pedra ta busca rumo

Sem podê otcha-l na sê lugar

Ô mar azul, abri-m caminho

Falucho branco, trazê-m nha carta

Povo sagrado tchora quietinho

Cretcheu na peito, morna na boca

 

– Gabriel Mariano, “Sina de Cabo Verde”

  

Desapareceram dos nossos mares todos os nossos navios da cabotagem, faluchos, veleiros… não ficou nem um, nem mesmo um de amostra para a geração futura. Já não há mais navios. Cabá navio, cabá vapor… Cabá tud! Gent sem juíze… É nossa sina? Quem é o dono deste crime?

 

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Falucho Belmira

Brito-Semedo, 30 Abr 18

 

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O falucho BELMIRA na moeda de 5$00 (Banco de Cabo Verde, 1994)

 

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Fotos cedidas por Adalberto Silva Betú, Abril.2018

 

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Fotos Brito-Semedo, Outubro.2022

 

BELMIRA a apodrecer na praia de Beach Rotcha, Cidade do Porto Inglês, ilha do Maio.

 

NB - Post N.º 2010

 

 

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Naufrágio 1.jpg

 

Hoje, dia 9 de Março de 2018, completam-se 70 anos sobre a data em que, a pacatez da ilha do Sal, foi sacudida pela notícia do encalhe de um barco Dinamarquês, na costa Leste de Santa Maria. Tendo o acidente ocorrido durante a noite, a notícia correu célere logo de manhãzinha, pois o barco era visível da vila, despertando grande ansiedade na população que, por experiência, sabia que o encalhe de um barco era quase sempre sinónimo de móia, de fartura de produtos saídos na praia. 


De mais a mais, em 1948, ano do referido encalhe, a Ilha do Sal, à semelhança de todo Cabo Verde, enfrentava uma terrível crise, devido à seca e à falta de movimento nas salinas, obrigando grande parte da população a viver numa situação extremamente difícil.


Se as expectativas da população, geradas pela notícia do naufrágio, foram grandes, os benefícios que ela retirou do mesmo não foram menores. Damfjord correspondeu à expectativa de móia alimentada pela população, jorrando na praia diferentes tipos de produtos, quais sejam café, cacau, chocolate, óleo, etc., o que contribuiu para o alívio do sofrimento do povo do Sal.

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Capitão dos mares, só na imaginação

Brito-Semedo, 26 Mai 17

 

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 Veleiro Carvalho

 

 

Sendo Cabo Verde um arquipélago no meio do Atlântico e na intercepção de dois mundos, os poetas tornaram-se marinheiros e navegaram nos rumos longínquos de todos os mares – Capitão dos mares /foi só na imaginação que o fui…/ […] / Era tudo mentira/ dos meus versos/ impossíveis/ da minha fantasia. Capitão dos mares!/ nem sabia navegação – e a temática do mar tornou-se uma obsessão e um fascínio.

 

Apresentamos hoje uma proposta de navegação pelos mares da nossa literatura como se de uma “viagem” pelas ilhas se tratasse, com portos de chegada e de partida.

 

Os portos serão as ilhas dos marcos da literatura, perfeitamente datados, em função das publicações usadas pelas diferentes gerações de escritores.

 

As razões desta viagem surgiram pela necessidade sentida, por um lado, de haver trabalhos de cariz didáctico que possam levar a desenvolver o gosto pelo estudo da literatura cabo-verdiana e, por outro, de proporcionar uma visão e uma leitura próximas da realidade social e sociolinguística das ilhas, conhecidas e vividas por alguém de dentro.

 

Soprando de barlavento, o vento é de feição… e o veleiro lá vai com o rumo traçado através da literatura.

 

E como é bom partir mesmo dentro da nossa fantasia!

 

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A Saudosa Escuna Maria Sony

Brito-Semedo, 16 Jun 13

 

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O Maria Sony, escuna de dois mastros, é um dos derradeiros barcos de pequeno porte da carreira de Cabo Verde. Encontramo-lo pela primeira vez em Setembro de 1959, em Fairhaven, frente a New Bedford, onde se encontrava a receber um motor de 200 cavalos. Procuravam os armadores fugir deste modo à sina dos veleiros de antanho, sujeitos aos caprichos do vento, e perpetuar uma tradição de navegação à vela, agora com auxílio de motor, que assim contornaria dificuldades meteorológicas imprevistas. Ideia romântica, afinal com os dias contados – que já eram bem outros.

 

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Maria Sony, Novembro de 1959

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Conceição Maria, Manelica e Primos

Brito-Semedo, 28 Mai 11

 

 

 

 

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S. Nicolau, Sal-Rei e Santa Maria

Brito-Semedo, 21 Mai 11

 

 

 

 

 

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Esquecer!? Ninguém esquece…
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