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Esquina do tempo por Brito-Semedo © 2010 - 2015 ♦ Design de Teresa Alves
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Brito-Semedo, 2 Ago 21


Homenagem ao marinheiro-trovador Manel d’Novas de Alegria
Bo ta camba na sul
A mi cu odjo na bo,
Bo ta dobra mar azul
Pa bem queceme e'ss nha dor.
Navio Novas d'Alegria
Bo levame nha mae querida
Pum terra desconhecida
Em busca di felicidade.
Oh porto grande di Senegal
Abri c'amor bo portal
Bo recebe ess imagem santa
C'amor tambem ti ta bai.
Triteza'm ca sabé tchoral
Alegria'm ca sabé cantal
A mim'm sabé djam flabo tudo
Ness morna cheio di sodade.
– Morna ‘Novas d’Alegria’, Amândio Cabral, 1959
Brito-Semedo, 4 Mai 18

Homenagem ao Capitão Crisanto Rufino Lopes, 87 anos
Cabá navio, cabá vapor… Cabá tud! Gent sem juíze… É nossa sina? Quem é o dono deste crime?
Êss qu'é nha terra, é Cabo Verde
Nhor Dês bta-l na meio di mar,
Nabiu di pedra ta busca rumo
Sem podê otcha-l na sê lugar
Ô mar azul, abri-m caminho
Falucho branco, trazê-m nha carta
Povo sagrado tchora quietinho
Cretcheu na peito, morna na boca
– Gabriel Mariano, “Sina de Cabo Verde”
Desapareceram dos nossos mares todos os nossos navios da cabotagem, faluchos, veleiros… não ficou nem um, nem mesmo um de amostra para a geração futura. Já não há mais navios. Cabá navio, cabá vapor… Cabá tud! Gent sem juíze… É nossa sina? Quem é o dono deste crime?
Brito-Semedo, 30 Abr 18

O falucho BELMIRA na moeda de 5$00 (Banco de Cabo Verde, 1994)



Fotos cedidas por Adalberto Silva Betú, Abril.2018


Fotos Brito-Semedo, Outubro.2022
BELMIRA a apodrecer na praia de Beach Rotcha, Cidade do Porto Inglês, ilha do Maio.
NB - Post N.º 2010
Brito-Semedo, 9 Mar 18

Hoje, dia 9 de Março de 2018, completam-se 70 anos sobre a data em que, a pacatez da ilha do Sal, foi sacudida pela notícia do encalhe de um barco Dinamarquês, na costa Leste de Santa Maria. Tendo o acidente ocorrido durante a noite, a notícia correu célere logo de manhãzinha, pois o barco era visível da vila, despertando grande ansiedade na população que, por experiência, sabia que o encalhe de um barco era quase sempre sinónimo de móia, de fartura de produtos saídos na praia.
De mais a mais, em 1948, ano do referido encalhe, a Ilha do Sal, à semelhança de todo Cabo Verde, enfrentava uma terrível crise, devido à seca e à falta de movimento nas salinas, obrigando grande parte da população a viver numa situação extremamente difícil.
Se as expectativas da população, geradas pela notícia do naufrágio, foram grandes, os benefícios que ela retirou do mesmo não foram menores. Damfjord correspondeu à expectativa de móia alimentada pela população, jorrando na praia diferentes tipos de produtos, quais sejam café, cacau, chocolate, óleo, etc., o que contribuiu para o alívio do sofrimento do povo do Sal.
Brito-Semedo, 26 Mai 17

Veleiro Carvalho
Sendo Cabo Verde um arquipélago no meio do Atlântico e na intercepção de dois mundos, os poetas tornaram-se marinheiros e navegaram nos rumos longínquos de todos os mares – Capitão dos mares /foi só na imaginação que o fui…/ […] / Era tudo mentira/ dos meus versos/ impossíveis/ da minha fantasia. Capitão dos mares!/ nem sabia navegação – e a temática do mar tornou-se uma obsessão e um fascínio.
Apresentamos hoje uma proposta de navegação pelos mares da nossa literatura como se de uma “viagem” pelas ilhas se tratasse, com portos de chegada e de partida.
Os portos serão as ilhas dos marcos da literatura, perfeitamente datados, em função das publicações usadas pelas diferentes gerações de escritores.
As razões desta viagem surgiram pela necessidade sentida, por um lado, de haver trabalhos de cariz didáctico que possam levar a desenvolver o gosto pelo estudo da literatura cabo-verdiana e, por outro, de proporcionar uma visão e uma leitura próximas da realidade social e sociolinguística das ilhas, conhecidas e vividas por alguém de dentro.
Soprando de barlavento, o vento é de feição… e o veleiro lá vai com o rumo traçado através da literatura.
E como é bom partir mesmo dentro da nossa fantasia!
Brito-Semedo, 16 Jun 13
O Maria Sony, escuna de dois mastros, é um dos derradeiros barcos de pequeno porte da carreira de Cabo Verde. Encontramo-lo pela primeira vez em Setembro de 1959, em Fairhaven, frente a New Bedford, onde se encontrava a receber um motor de 200 cavalos. Procuravam os armadores fugir deste modo à sina dos veleiros de antanho, sujeitos aos caprichos do vento, e perpetuar uma tradição de navegação à vela, agora com auxílio de motor, que assim contornaria dificuldades meteorológicas imprevistas. Ideia romântica, afinal com os dias contados – que já eram bem outros.
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Corrigido no texto. Grato pela correção. Abraço.
Ele nasceu em 1824.
Grato pela partilha destas informações que enrique...
Devido à oportunidade de realizar pesquisas sobre ...
Já está disponível e pode ser baixado em PDF a par...