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Magazine Cultural a divulgar Cabo Verde desde 2010
Brito-Semedo, 25 Abr 15
Ovídio Martins, caricatura de H. Bettencourt Santos (Humbertona), 1973
Praticamente até ao século XX a diferença entre a prosa e a poesia era facilmente percebida, graças às convenções formais específicas de cada um desses modos de expressão e, em particular, à mancha tipográfica criada na página em branco pelo texto impresso[1]. Contudo, com o advento da prosa poética, do poema em prosa e do verso livre, essa diferença tendeu a diminuir, tornando-se cada vez mais ténues os limites tradicionais entre as duas maneiras de escrever.
O poema em prosa e o verso livre “personificam” a poesia. Por outro lado, os prosadores vêm lançando mão de recursos poéticos aproximando a sua escrita da arte do verso. Desse modo, não é raro encontrarmos insertos em textos em aparência “prosaicos”, elementos característicos da poesia e, por vezes, até mesmo fragmentos em verso.
Ovídio Martins, um dos mais marcantes poetas da Geração do Suplemento Cultural, é cultor da poesia em verso e da poesia em prosa onde parece sintetizar o mais elevado nível da língua.
Brito-Semedo, 3 Abr 15
MUDANÇA
C’ bocês
Sempre c’ bocês
nesse luta de tude dia
nesse sperança de tude hora
rise verde e fartura
midje tchuva e sabura
C’ bocês
nesse terra de silencie
nesse tochore sem pecóde
trabói suor e trabói
riqueza de terra ê pa quem?
C’ bocês
sempre c’ bocês
sol quente na cabeça
tchuva de riba de corpe
nôs dstine ê sô um:
vra nôs terra note terra
– Ovídio Martins
in Não Vou para Pasárgada, 1998
Ovídio de Sousa Martins
(S. Vicente, 17 de Setembro de 1928 – 29 de Abril de 1999)
Esquecer!? Ninguém esquece…
Suspende fragmentos na câmara escura, que se revelam à luz da lembrança...
Bom dia,Apraz-me realçar que li, atentamente, o te...
Boa-noite. Que eu saiba, as crónicas do Nhô Djunga...
Boa noite! É possível ter acesso às crônicas/ cart...